REATA-ME

Desculpe, embora seja quem se vá.
Perdi o pulso à luz da vontade
e o final do baile, cá,
sem poder olhar.
Que fada vadia, essa que te cria
pedra bruta, rapto, cena no escuro
(que te queria sina alegre menina).
Me escapoles, me encabulas.
À uma, no Café Neon,
de óculos rayban e guarda-chuva.
Decifrar-te com data marcada
amormorte! Cinematográfica, rápida
a paixão abocanhar o relâmpago,
nada que se precise explicar

(de Paleolírica, 1999)


Autora: Angélica Torres Lima
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